Depressão infantil: entenda os sinais e os fatores de risco para o distúrbio

Neste Setembro Amarelo, especialista adverte que 75% dos adultos diagnosticados com transtornos mentais tiveram o início da doença durante a infância

Depressão infantil: entenda os sinais e os fatores de risco para o distúrbio

RESUMINDO A NOTÍCIA

  • Depressão infantil apresenta sinais que podem ser confundidos com atitudes comuns
  • Fatores de risco, como histórico de suicídio na família, aumentam probabilidade de depressão
  • Diagnóstico precoce do distúrbio é essencial
  • 75% dos adultos com transtornos mentais tiveram os primeiros sintomas na infância

Um dos primeiros sinais da depressão infantil é a alteração no autocuidado

FREEPIK

Neste Setembro Amarelo, é fundamental falar sobre a depressão infantil, quadro clínico cada vez mais comum em todo o mundo. Assim como os adultos, as crianças enfrentam adversidades e carecem de ajuda profissional, familiar e solidária.

De acordo com uma estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), em todo o mundo, mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofrem com a depressão.

Em setembro de 2021, segundo um estudo realizado pela FMUSP (Faculdade de Medicina da USP), apenas no Brasil 36% dos jovens apresentaram sintomas de depressão e ansiedade. O levantamento foi realizado online com cerca de 6.000 voluntários na faixa etária de 5 a 17 anos.

Diante disso, atentar-se aos primeiros sinais do transtorno é uma atitude necessária. De acordo com o psicólogo especialista em saúde mental infanto-juvenil Miguel Bunge, o tratamento precoce faz grande diferença para o desenvolvimento da criança.

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“Sabemos que em 75% dos adultos que têm transtornos mentais, seja depressão, seja ansiedade, esse transtorno se iniciou durante o período da infância e não foi tratado, por isso é importante cuidar”, alerta Bunge.

Esse tipo de diálogo não diminui as expectativas nem os sentimentos da criança, respeita os seus pensamentos, apoia as suas crenças e a deixa o mais confortável possível.

A ajuda profissional também é essencial, pois a depressão afeta a capacidade cognitiva da criança e compromete o seu desempenho pedagógico. Sendo assim, o diagnóstico precoce pode auxiliar na recuperação dessa capacidade.

No entanto, Miguel lamenta a existência de "um bom número de psiquiatras e psicólogos para adultos, mas uma carência enorme de profissionais voltados para a saúde mental da criança e do adolescente”. As opções mais viáveis e especializadas para essa faixa etária são os psicólogos e neurologistas infantis e os pediatras.

Vale ressaltar que o CVV (Centro de Valorização da Vida) também disponibiliza atendimento voluntário gratuito por telefone, email e chat 24 horas por dia, para pessoas que precisam conversar, com total sigilo. Em caso de emergência, ligue 188!

Fonte https://noticias.r7.com/saude/depressao-infantil-entenda-os-sinais-e-os-fatores-de-risco-para-o-disturbio-19092022