Contrariando expectativa dos parlamentares, Mauro Cid fica calado na CPMI

O tenente-coronel usou apenas a fala inicial para detalhar a carreira militar e o papel como ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Contrariando expectativa dos parlamentares, Mauro Cid fica calado na CPMI

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, decidiu usar o direito de permanecer em silêncio e iniciou a participação na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro nesta terça-feira (11) sem responder a perguntas feitas pela relatora Eliziane Gama (PSD-MA).

O depoente deu uma breve explanação sobre sua carreira militar e o papel como ajudante de ordens durante a fala inicial. "Esta função é exclusivamente de natureza militar. Minha nomeação jamais teve qualquer ingerência política [...]. O ajudante de ordens é a única função de assessoria próxima ao presidente que não é objeto de sua própria escolha", disse. Ele também anunciou a decisão de manter-se calado, conforme orientação da defesa, para não produzir provas contra ele mesmo.

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que Cid seria obrigado a comparecer à CPMI, mas que poderia ficar em silêncio e não precisaria responder a perguntas que pudessem incriminá-

Cid está preso desde 3 de maio, após uma operação que apura um esquema de fraude em cartões de vacinação. O tenente também é investigado nos casos das joias de Jair e Michelle Bolsonaro e dos atos extremistas de 8 de janeiro.

O ex-ajudante chegou por volta das 9h no Congresso, fardado e escoltado por membros do Exército. Ele foi levado em um carro descaracterizado e entrou sem falar com a imprensa. Como a CPMI resolveu votar requerimentos antes de receber o depoente, o ex-ajudante só começou a ser ouvido às 10h40. Ao se posicionar na mesa, ao lado dos advogados, ele prestou continência ao presidente da comissão, Arthur Maia (União-BA).

Havia a expectativa, por parte dos parlamentares, de que Cid decidisse responder a questionamentos na comissão. Isso porque, à Polícia Federal, no último dia 30, ele falou pela primeira vez sobre a invasão aos prédios dos Três Poderes, em uma oitiva de quase quatro horas. Este foi o sexto depoimento à PF prestado pelo militar.

Fonte https://noticias.r7.com/brasilia/contrariando-expectativa-dos-parlamentares-mauro-cid-fica-calado-na-cpmi-11072023