Segundo dia de operação entre polícias do Rio busca criminosos que atiraram granada em ônibus

Agentes das polícias Civil e Militar estão nos complexos da Maré e Pedreira, na zona norte, e Cidade de Deus, na zona oeste

Segundo dia de operação entre polícias do Rio busca criminosos que atiraram granada em ônibus

As forças de segurança do Rio de Janeiro fazem, na manhã desta terça-feira (10), o segundo dia de operação conjunta de combate ao tráfico de drogas. Mais de mil agentes das polícias Civil e Militar estão nos complexos da Maré e Pedreira, na zona norte, e Cidade de Deus, na zona oeste.

 

No primeiro dia de operação, a Polícia Civil calculou que as apreensões nos complexos da Penha e Maré, além da Cidade de Deus, resultem num prejuízo de R$ 15 milhões para a maior facção criminosa que atua no estado. O objetivo de hoje é combater outra organização, que comanda diferentes pontos do tráfico de drogas.

• Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp
• Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp
• Compartilhe esta notícia pelo Telegram

 

A área de atuação da polícia, nesta manhã, é a mesma onde foi gravado o vídeo que mostra o treinamento operacional de criminosos, em que usam técnicas e armamentos militares para simular táticas de progressão no território.

 

Com a presença do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), a polícia atua em oito comunidades no Complexo da Maré: Vila do João, Baixa do Sapateiro, Nova Maré, Bento Ribeiro Dantas, Conjunto Pinheiro, Vila do Pinheiro, Salsa e Merengue e Conjunto Esperança.

Segundo informações obtidas pela Record TV Rio, os policiais estão no Complexo da Pedreira para encontrar criminosos que atiraram uma granada em um ônibus e deixaram três pessoas feridas, no dia 27 de setembro.

Assim como na ação de ontem, os agentes contam com o apoio de drones capazes de fazer um mapeamento de áreas em 3D. As imagens são gravadas por câmeras com um zoom de longo alcance, que fazem reconhecimento facial dos suspeitos.

 

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que cerca de 14 mil alunos ficaram sem aula. Só na Cidade de Deus, 16 escolas tiveram as aulas suspensas.

 

Primeiro dia

No primeiro dia de operação conjunta, helicópteros das polícias Civil e Militar foram atacados a tiros por criminosos armados na Maré. Uma das aeronaves foi obrigada a fazer um pouso forçado. 

Os agentes prenderam nove suspeitos, encontraram 100 kg de pasta-base de cocaína em um galpão na Vila Cruzeiro, na Penha, e estouraram um laboratório clandestino de refino de drogas e fabricação de materiais explosivos no Parque do União, na Maré.

Ao ser questionado sobre a importância de prender lideranças do tráfico, o secretário da Polícia Civil, José Renato Torres, disse que "somente prender não adianta" e considerou o prejuízo financeiro uma forma de atingir a organização criminosa.

"Mais importante do que prender esses bandidos, que ao longo do tempo acabam assumindo essas chefias — e aí, se você prender, vem outro, e outro, o importante é desarticular essas quadrilhas através da lavagem de dinheiro, como esse prejuízo que demos de mais de R$ 15 milhões. Descobrir onde estão empregando esse dinheiro arrecadado ilicitamente com drogas, humilhando as famílias por obrigar a pagar determinada taxa para morar. Então, temos que rastrear o dinheiro. E aí, vamos levar à falência esse crime muito rapidamente. Prender somente não adianta. Já se provou ao longo de décadas que eles são substituídos rapidamente. Mas vamos, sim, prender. Ninguém vai ficar impune diante das forças policiais", disse em entrevista à Record TV Rio.

Fonte https://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/segundo-dia-de-operacao-entre-policias-do-rio-busca-criminosos-que-atiraram-granada-em-onibus-10102023