IPCA: veja os itens que mais subiram e recuaram em 2022
A cebola foi a grande 'vilã' dos preços em 2022 - alta passou dos 130%. Já o item que teve a menor variação foi a gasolina, com queda de mais de 25%
A cebola foi a grande "vilã" dos preços em 2022, de acordo com dados da inflação oficial (IPCA) divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (10). A alta passou dos 130% no ano passado. Já o item que mais caiu de preço foi a gasolina, com queda de mais de 25%.
Entre os 50 itens que mais subiram, 35 fazem parte do grupo Alimentos e Bebidas, que mais pesou na inflação acumulada de 2022 (leia mais abaixo). Leite longa vida, óleo diesel e passagens aéreas são outros destaques de alta.
Já entre os 50 itens que mais recuaram, lideram a lista os combustíveis gasolina e etanol, além da energia elétrica. Eles fazem parte dos grupos Transportes, que teve o maior impacto negativo no indicador, e Habitação, que ficou estável. Nessa lista, o número de itens que são alimentos e bebidas é menor: 26. Acesso à internet, console de videogame, TV e computador são outros destaques de queda.
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Veja abaixo a lista dos 50 itens que mais subiram e mais recuaram no ano de 2022:
Inflação acima da meta de novo
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do país, fechou o ano com inflação acumulada de 5,79%, acima da meta definida pelo governo pelo quarto ano seguido. Em dezembro, acelerou para 0,62%, acima da variação de 0,41% em novembro.
O resultado de 2022 foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas (11,64%), que teve o maior impacto (2,41 p.p.) no acumulado do ano.
Na sequência, veio Saúde e cuidados pessoais, com 11,43% de variação e 1,42 p.p. de impacto. Já a maior variação veio do grupo Vestuário (18,02%), que teve altas acima de 1% em 10 dos 12 meses do ano. O grupo Habitação (0,07%) ficou próximo da estabilidade e os Transportes (-1,29%) tiveram a maior queda e o impacto negativo mais intenso (-0,28 p.p.) entre os nove grupos pesquisados:
- Alimentação e bebidas: 11,64%
- Habitação: 0,07%
- Artigos de residência: 7,89%
- Vestuário: 18,02%
- Transportes: -1,29%
- Saúde e cuidados pessoais: 11,43%
- Despesas pessoais: 7,77%
- Educação: 7,48%
- Comunicação: -1,02%
A alta de 11,64% do grupo Alimentação e bebidas foi puxada pela alimentação no domicílio (13,23%). Os destaques foram a cebola (130,14%), que teve a maior alta entre os 377 subitens que compõem o IPCA, e o leite longa vida (26,18%), que contribuiu com o maior impacto (0,17 p.p.) entre os alimentos para consumo no domicílio. Os preços do leite subiram de forma mais intensa entre março e julho de 2022, quando a alta acumulada no ano chegou a 77,84%, informa o IBGE.
Na comparação com 2021, o grupo Alimentos e Bebidas teve aumento no acumulado de 12 meses de 3,7 pontos percentuais. Já o grupo dos Transportes teve queda de 19,74 pontos percentuais de um ano para o outro. Saúde e Cuidados Pessoais subiu 7,73 pontos percentuais, e Habitação caiu 12,98 pontos percentuais.
Itens que mais subiram e caíram em dezembro
Já no mês de dezembro, na variação em relação a novembro, a laranja-baía foi o item que mais subiu. Dos 50 itens, 30 são do grupo Alimentos e Bebidas.
No ranking das quedas, o limão lidera. Do total de 50 itens, 37 são alimentos e bebidas. Veja abaixo.
fonte https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/01/10/ipca-veja-os-itens-que-mais-subiram-e-recuaram-em-2022.ghtml